quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Regressar a casa

Após 5 meses regressei a casa. Regressei ao meu país. Reencontrei os meus.
A ansiedade era tão grande que fez encolher as 10 horas de viagem. Pareceram menos.
Sentia uma alegria grande e um tanto ou quanto orgulhosa. Os meus passos na aerogare assemelhavam-se à marcha de um soldado regressado do campo de batalha, cabelo baloiça como as chapas ao peito e num suspiro profundo sinto sensação de dever cumprido, de batalha vencida. Cheguei são e salva.

Regressar é ouvir falar como nós, é não estranhar os costumes, é relembrar sabores.
É ver os sorrisos, é abraçar forte e sentir o cheiro.
É reunir, é conversar e rir.

É mergulhar no meu mar e pelar os pés na areia preta,
É suster o ar para não sentir o enxofre,
É embrulhar-me de verde.

Mas regressar tem também a ansiedade do regresso e a horas das despedidas.
E eu sou daquelas pessoas que sofre por antecipação!

Choro e enlouqueço só de pensar que em breve acaba. Em breve é tempo de regressar para a vida real. Para a vida dos crescidos.
Não quero! Grito e esperneio. Abraço-me as cadeiras e mesa. É meu! Não quero deixar as minhas coisas outra vez!
Morro de saudades dos que carrego no coração e ainda nem parti.






1 comentários:

Vera disse...

Eu mal consigo imaginar o "nó" que sentes. Quando estive um mês fora de Portugal parecia que tinha saudades até das coisas mais pequeninas! O café, o compal de maracujá, o mar, as pessoas, a calma da minha rua... Tudo. É mesmo difícil... E logo nós, sempre com tantas saudades! :)

Enfim... isto para dizer que gosto tanto de te ver por cá! :) Aproveita ao máximo que daqui a uns mesitos estás cá de novo!

Enviar um comentário

 
Copyright 2010 Janelas do Imaginário. Powered by Blogger
Blogger Templates created by DeluxeTemplates.net
Wordpress by Wpthemescreator
Blogger Showcase