sábado, 10 de dezembro de 2011

Foi há 1 ano

Já tomaste café? Anda lá comigo. - estava sempre a minha querida amiga a convidar.
Tantas eram as vezes que eu não podia que até me chegava a sentir mal. Ela ainda havia de pensar que a evitava. Então esse foi um dos raros dias em que fui.
Lembro-me como se fosse hoje.
Ela lá começou a queixar-se de muito trabalho e que nunca mais se via livre do raio daquele projeto (que tinha sido eu a entregar) mas que estava a chegar o Natal e portanto férias e tal.
Então e tu também vais a casa?
Claro. Sabes que Natal sem ir a casa, não é Natal.
Ah pois é. Por falar nisso, está ali o JP que também deve ter vindo passar o Natal. Sabes quem é, não sabes?
Não, não sei. Quer dizer... esse nome já o ouvi várias vezes, mas não conheço.
Ah tens de conhecer o meu menino. Espera que vou também chamá-lo para tomar café.
Nem tive tempo de dizer que não fosse.
E lá vens tu. Senhor do teu nariz, com uma camisa horrivel (justificável por seres brasileiro), nem olhaste nem passaste cartão e lá começa a G. a falar contigo.
Entretanto apinhava-se o cubiculo do café, parece que todos resolveram ir aquela hora fazer o lanche meio da manhã.
Estavas com pressa porque querias ir à loja do cidadão.
Falou-se na passagem de ano e que no Brasil é que era.
E eu que estava tão bem calada até aquela altura fiz o marivilhoso comentário: Ah mas sabes que cá também é fixe e também há quem vá para a praia. Aliás muitas pessoas fazem o 1ª mergulho do ano... há cá uma praia chamada Barra...
E pronto, fugiste.
Ok, normal. Também não gostei de ti.
Nem me olhaste, logo eu tão habituadinha a atenções dos meninos daquela empresa.

Estava na secretária a trabalhar e veio a G. falar comigo no msn.
Olha o JP pediu-me o teu contato, posso dar?
'Tás a gozar, certo?
Não, não estou. Juro.
Oh G. ele nem olhou para mim.
Posso não posso?
Ohh.
Não te acreditas? Vou reencaminhar o email que ele me enviou.
Li.
"Oi.
Envia-me o email da mocinha que me apresentaste hoje.
Bjs
JP"
Era verdade. Espera. Vou ligar-te.
Vá lá. Ele é tão bom menino.
Mas para que quer o meu contato.
Dahhhh.
Epá Ok, dá.

Nessa altura estava triste, magoada e desiludida com aquilo que chamavam de amor.
Tinha me decidido por abstinência.
Passavam-me pela cabeça pensamentos muito à frente... não preciso de homens na minha vida, quando quiser uso e ponho fora, e hoje em dia ter um filho é possível. Existe a adoção e o banco de esperma.
Bem me tentava convencer dessas coisas. A super poderosa não precisa de ninguém.

E pronto, lá te aceitei como contato no msn.
Passaste o dia mudo e calado.
Os teus dedinhos não escreveram nem um olá.
Fogo! Este gajo está a gozar-me?

E só quase uma semana depois recebi notícias tuas. Convidavas-me para ir a um jantar de aniversário contigo.
Ele está a passar-se? Não o conheço e vou sair com ele para um jantar com pessoas que não conheço?
Mas a G. insistiu para eu ir e a minha mãe recomendou.
Então respondi que ia se me concedesses 5 minutos de converseta primeiro.
E foi assim a nossa primeira saída. Fui buscar-te a casa e fomos tomar Moscatel a um bar vintage e conversamos, conversamos.
Tudo começou aí.

PS - Já não me recordo da altura eu percebi que tu não eras brasileiro e portanto eu tinha feito uma figurinhaaaa...

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