quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Diagnóstico: mosca esvoançante

Hoje foi dia de ir ao Senhor Doutor Oftalmogista.
Uma experiência traumática desde que me lembro e quase sempre seguida de um choro de perder o fôlego.
Desta vez, para além de uma consulta de rotina tinha uma queixa muito concreta... a minha mosca.



Esperei nervosamente na sala de espera rodeada de pessoas com lencinho na mão a enxugar as lagriminhas.
É para dilatação Senhor Doutor? - perguntava a assistente do médico.
Iam passando os minutos e eu ir treinando mentalmente um discurso para explicar ao médico os meus sintomas. Achei que, sentar-me na cadeira do paciente e dizer que tinha uma mosca no olho direito dar-me-ia acesso direto ao piso 2 (psiquiatria).
É uma sombra Doutor... - será que ele ia perceber?
E se usar a analogia do Optometrista? - é como se fosse um autocolante preto colado na janela e estivesse a ver através dela.
Dona Cláudia - chamou o Doutor à porta.
Saltei da cadeira quase num pulo único para a cadeira do consultório e lá comecei a tentar explicar... e só saiu qualquer coisa como: tenho um pto negro no olho...
Merda!! não estou na esteticista, pensei....
Ahhh - exclamou ele.
Felizmente ele completou o resto do diagnóstico.
Completou com a explicação técnica da coisa e no meio de uma imensão de palavras compreendidas no orgão da visão que proferiu, eu lastimei-me da agonia que isto me fazia.
Isto dá para enloquecer uma pessoa, Doutor.,, é que é quase, quase, quase como se tivesse uma... e suspendi a palavra mosca. Tinha prometido a mim mesma não proferi-la.
E eis que ele completa a minha frase com: mosca!
É isso mesmo Doutor! Tenho uma mosca louca dentro do meu olho, a jogar squash.
Eu sei Cláudia. Compreendo-a bem porque eu também tenho.
Temos uma mosca esvoançante! - afirmou ele, determinando o meu diagnóstico.
Ai Doutor é horrível!! Só me apetece...
Esguichar Mafu - completa ele.
Agora pronto pega aqui no lencinho e vai chorar lá para fora que daqui a pouco chamo-te quando a pupila estiver dilatada.
E lá foi eu convencida que as surpresas do dia tinham acabado quando então ouvi um barulho que se assemelhava muito a um corta unhas.
Querem ver que as gotas também me afetaram a audição?
Ninguém corta as unhas na sala de espera de uma clínica médica.
Pois... ninguém a não ser a senhora que estava sentada 2 cadeiras ao meu lado!!!

1 comentários:

Anónimo disse...

Eu tinha uma senhora dessas na minha turma, aulas a fio a cortar e limar as unhas! Um espectáculo digno de (não) se ver...

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