quinta-feira, 11 de março de 2010

Transportes públicos - intro


Andar de transportes públicos permite-nos experiências maravilhosas e algumas aventuras.
Quem anda um dia por outro não consegue entrar nesse espírito de partilha ao invés de quem apanha a mesma carreira dia após dia. Aí sim, vemos todos dias as mesmas caras e começamos a fazer parte da vida uns dos outros. E isso acontece por fases: há a fase do bom dia, em que apenas as pessoas tentam ser educadas; há a fase do tempo, em que começa a haver uma certa empatia por alguém; e seguem-se as perguntas mais pessoais em que se pretende saber quem é aquela pessoa.
Interessantes também são as pequenas conversas cruzadas que se apanham entre paragens. Essas sim, abrem grandes janelas em que a imaginação tem muito por onde se expandir.
Apanhamos desde dores ciáticas, críticas gastronómicas e os muito frequentes, cortes na casaca.
Claro que, tudo depende da hora da carreira o que condiciona a faixa etária dos ocupantes.

Mas toda essa estória para partilhar o que se aprende nos autocarros.
Quando tive que deixar o luxo de andar de ligeiro e passar a pesados, sentia-me a pior do mundo. Que mau que isso era, como poderia sobreviver a tal coisa, e a indumentária? certamente que teria de ser alterada, saltos seriam complicados para andar até à paragem e desafiar os degraus!
Todas essas afirmações ou pensamentos tornam-se ridículos quando percebo que existem mulheres a fazerem toda a sua vida de autocarro.

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