domingo, 13 de maio de 2012

Santa é a carne que peca

Vi o trailer de um filme brasileiro na televisão e fiquei cheia de vontade de conhecer o cinema que por aqui se faz.
O meu namorado já me andava a chatear há muito para irmos ao cinema, mas ir por ir, não.
Gosto de ir ver alguma coisa boa que valha a pena. Os filmes de domingo à tarde, deixo-os para ver no sofá.
Então comecei num processo de convencimento que valia a pena conhecer o cinema brasileiro, que era parte da cultura, que até existiam filmes bem conceituados... mas ele nada.
Homens!!! Preferia ver alguma coisa da Marvel, imaginem só.
Até que vi uma crítica no jornal que dava 4 estrelas ao filme e consegui que ele desse o benefício da dúvida.
Fomos.
A primeira parte do filme não foi lá muito convencional. Olhei para ele várias vezes e só estava à espera do momento em que ele ia dizer:
"Que seca! Vamos embora?"
Depois vieram as cenas em que a Camila Pitanga mostra a sua beleza e pensei: agora não terás coragem de reclamar... posso ver o filme até ao fim :)
O filme foi lindo, 5 estrelas mesmo!
Um trabalho de fotografia espectacular, as cores do Brasil: o verde e cor de terra vermelha, os pés no chão e a chuva quase nos fazem sentir o cheiro de terra molhada. Imagens lindas da Amazónia. Mensagem política sobre o desflorestamento da Amazónia e os agrotóxicos na agricultura. A exploração do ouro e o crime encomendado. A religião e as festas populares.
Incrível como em 110 minutos compilaram numa história de amor linda tantas outras coisas que retratam as gentes deste país e as suas lutas actuais para preservarem a sua natureza.

O trailer:



A banda sonora é fantástica:
Simone Sou e Alfredo Bello.
Mas o que gostei mesmo foi de Dona Onete com o seu Amor Brejeiro.



A sinopse:

"No momento em que começa a narrar os fatos de Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, o fotógrafo Cauby está convalescendo de um trauma numa pensão barata, numa cidade do Pará prestes a ser palco de uma nova corrida do ouro. Sua voz é impregnada da experiência de quem aprendeu todas as regras de sobrevivência no submundo - mas não é do ambiente hostil ao seu redor que ele está falando. O motivo de sua descida ao inferno é Lavínia, a misteriosa e sedutora mulher de Ernani, um pastor evangélico. A trajetória do fotógrafo, dado a premonições e a um humor desencantado, vai sendo explicada por meio de pistas: a história de Chang, fotógrafo morto num escândalo de pedofilia; o mistério de Viktor Laurence, jornalista local que prepara uma vingança silenciosa; a vida de Ernani, que tirou Lavínia das ruas e das drogas no passado. Mesmo diante de todos os riscos, Cauby decide cumprir seu destino com o fatalismo dos personagens trágicos. "Nunca acreditei no diabo", diz ele. "Apenas em pessoas seduzidas pelo mal.""

3 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me muito bem, vou tentar arranjar! Tenho lá em casa o Capitães da Areia também para ver :)

Vera disse...

Eu gosto tanto desta "energia" do Brasil! :)

C. disse...

vejam e depois digam-me o que acharam

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